Exoterismo ou Esoterismo?


Qual a diferença entre Exoterismo e Esoterismo?

Exotérico: vem do grego exoterikós e refere-se ao ensinamento que em escolas da Antiguidade grega era transmitido ao público sem restrições, por tratar-se de ensinamento dialético, provável e verossímil.

Esotérico: vem do grego esoterikós e refere-se ao ensinamento que era reservado aos discípulos completamente instruídos nas escolas filosóficas da Antiguidade.


O exoterismo trata-se do estudo dos fenômenos. O conhecimento que a raça humana tem da adaptação da vida no planeta, o aprendizado acumulado ao longo dos tempos e tudo o que se sabe sobre o mundo físico; o conhecimento das leis naturais que se manifestam ao nosso redor - como as marés, as estações, a chuva, o sol, etc; os conhecimentos "básicos" e um tanto "óbvios" de quem vive nessa realidade. De maneira resumida, o exoterismo consiste na filosofia, aquela compartilhada por Sócrates e tantos outros filósofos que passaram a se perguntar o "Por quê" dos fenômenos físicos.

Em contraponto, o esoterismo abrange todo o conhecimento que não pode ser categorizado como fenômeno físico; tudo o que está longe do alcance físico da humanidade é, portanto, conhecimento esotérico. Podemos nomear esse estudo como ocultismo. O ocultismo, é o conhecimento que não é para todos. É necessário que se tenha uma certa preparação e intuição para a percepção destes fatores escondidos sob nossos olhos. Para aqueles que aceitam uma filosofia idealística, o conhecimento esotérico é um fato e as verdadeiras realidades do universo estão compreendidas no âmbito deste conhecimento. No entanto, é impossível encontrar prova ou confirmação da existência de qualquer forma de conhecimento esotérico, no mundo físico. Uma tal prova ou confirmação deve, necessariamente, provir de uma condição que transcende o físico.

Desenvolvemos nossas atividades no mundo físico e, por isso, acreditamos que percebemos de maneira essencialmente correta aquilo que realmente existe. Percebemos os objetos substancialmente como são, e a razão de assim acreditarmos é o fato de podermos lidar com eles, até certo ponto. Por conseguinte, nosso mundo de atualidade está relacionado com o nosso mundo de pensamento, pelos canais dos sentidos físicos.
O conhecimento esotérico, por sua vez, não pode ser percebido ou apreendido por meio dos sentidos físicos. Além disso, sabemos que o homem não se apercebe do conhecimento esotérico exclusivamente pelos processos da razão; a associação de ideias, embora seja um processo, uma faculdade do homem, com existência potencial em sua mente, não é, em si mesma, uma função criadora suficiente para produzir conhecimento novo.
A razão consiste na ordenação de uma sequência correta, ou o arranjo, numa certa forma, de conhecimentos obtidos pelos sentidos físicos. Isso nos leva a buscar uma outra fonte, caso desejemos obter conhecimento esotérico.
Esta fonte é a intuição. Em geral, considera-se a intuição como um meio direto, imediato e seguro de obter o conhecimento que dispensa tanto o fator dedução lógica, que está presente na razão, como o fator observação sensorial, associado com as nossas experiências do dia-a-dia. O conhecimento intuitivo existe fora do mundo dos fenômenos, devendo ser obtido por um meio capaz de transcender qualquer limitação física.
Parece-nos inútil negar a existência deste tipo de conhecimento. Ocorrem continuamente inúmeros exemplos que confirmam sua existência, incontáveis experiências em que as pessoas adquiriram um conhecimento não originado do funcionamento dos sentidos físicos.
Aprendemos muitas coisas pelo meio direto e imediato da intuição, por se tratar de uma forma de percepção, um processo no qual o conhecimento vem à consciência diretamente e, com certeza, é opinião de muitos que tal conhecimento existe e chega à nossa consciência através de um sexto sentido (também conhecido como "terceiro olho").
Estas formas de intuição caracterizam a maneira como o conhecimento está relacionado com a experiência mística.
Qualquer um de nós pode experimentar a intuição, e efetivamente nós a experimentamos, em muitas e diferentes situações da vida. Os exemplos históricos foram dados apenas como ilustração, pois a intuição é um fenômeno universal e nos permite resolver os mais variados problemas, além de nos dotar do conhecimento esotérico que nos eleva e refina.
O místico é a pessoa capaz de elevar sua consciência ao ponto em que transcende o mundo físico em que vive, a ilusão do mundo, e alcança a percepção de que existe uma realidade divina com a qual pode sentir-se uno. Para o místico, o conhecimento consiste na capacidade de perceber o Absoluto, de se relacionar com Deus, de se elevar acima das limitações do mundo dos fenômenos físicos e entrar em contato, individualmente, com o reino do conhecimento esotérico.
Entre o conhecimento exotérico e esotérico, qual o mais importante? Em certo ponto, é mais importante obtermos o conhecimento esotérico. Não podemos esquecer, entretanto, que estamos destinados a viver num mundo físico e alcançar a compreensão dos princípios que o regem.
Particularmente, creio que se você pode acreditar no vento sem vê-lo, apenas o sentindo, você pode fazer o mesmo com os fenômenos esotéricos.

Fonte: http://www.deldebbio.com.br

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